BORBOLETA. (F. LAMEIRINHAS)
Borboleta,
Borboleta de uma Primavera,
Esplendôr que vai, não espera
Quente verão quisera
Metamorfose
Anseia voar...
Folha ao vento
Uma estrela rasga o céu
Depois morre
Aos olhos de quem a viu
Passar, caír, fugir
Pela noite sem luar...
Comovida, estremecida
Ávida em sua urgência
Saboreia o dom da vida
De uma curta existência
Borboleta, Borboleta
Borboletas, borboletas
Somos todos nós,
Esboço de Deus, um passo
D'existência, terra, espaço,
Somos todos nós.
De amôr, contentes
Pintaremos asas de lindas côres
Amar e comprovar
Que por aqui brevemente
Viemos de passar
Ágil é o tempo a passar,
Sêr ou não sêr é o momentum
Tão frágil é o teu voar,
Bater d'asas no terno
Firmamento
Borboleta...
Quando o tempo vier, chegar
Cansados iremos pousar
No pó da terra donde viemos
Irêmos...
Descansar
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VLINDER (F. LAMEIRINHAS)
vlinder die één lente leeft
pracht die gaat en niet wacht
op een mooie zomer
de metamorfose is volbracht
verlangend om uit te vliegen
als een blad in de wind
een ster die de hemel raakt
en daarna sterft
in de ogen van wie haar
voorbij zag komen
vallen, vluchten
in de maanloze nacht
ontroerd, bewogen
gulzig, want de tijd dringt
proeft zij de smaak van het leven
dat van korte duur is
vlinder
vlinders
vlinders zijn we allemaal
ontwerp van God
eerste stap in het bestaan
aarde, ruimte dat zijn wij allemaal